segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Guerra Santa




Historicamente os homens sempre guerrearam pelo poder, seja ele político, econômico ou religioso. Qualquer que seja o motivo ou nome, uma guerra sempre é devastadoramente cruel, os exemplos são inúmeros.
De todas as guerras que já ocorreram, as chamadas Guerras Santas são as mais incompreensíveis e cruéis. Como alguém, que diz ter uma religião, que acredita em um Deus – seja ele qual for – pode ser capaz de ousar achar-se tão superior a outros que não compartilham de sua fé, ao ponto de pegar em armas para destruir seu “inimigo”?
Primeiro ponto: a religião deveria ser independentemente de sua vertente, uma forma de unir os seres humanos ao divino. Por divino entendo que são forças superiores ao plano terreno, superiores e melhores. O que não significa que uma religião seja superior ou melhor que outra.
Segundo ponto: quem acredita em um Deus – e repito, seja ele qual for – deveria aprender os princípios básicos do amor, da caridade e da fraternidade, mas acima de tudo o da humildade. O meu Deus não me faz melhor do que ninguém, portanto, não posso apontar a ninguém afirmando que sou sua salvação e se não for aceita com minha fé, não posso sair por aí atacando insandecidamente pessoas e seus templos.
O que pode haver de santo em uma guerra? Há mortes, torturas, fome e acima de tudo muita dor para todos envolvidos. Ao fim da guerra, em meio a tanto horror e destruição, quem poderá se sentir vencedor? Que Deus poderá se sentir honrado e engrandecido em cima da carnificina ocorrida?
Que tipo de fé pode promover tamanha atrocidade? Será mesmo fé ou haverá interesses estranhos sob a falácia da religião? Pensemos um pouco, quem está por trás das incitações à guerra santa? A quem interessa perseguir e atacar grupos diferentes do seu? Quem lucra com isso?
Afinal, quem realmente tem a intenção de “salvar almas” não sai por aí instigando a violência. Por fim, mas não encerrando em definitivo essa discussão, quem levanta a espada e fere seu semelhante tem a tão alardeada salvação?

2 comentários:

  1. Parabéns Lu pelo texto! É isso mesmo. A definição do conceito de 'bem' e 'mal', 'bom' ou 'ruim' sempre parte da nossa construção pessoal. Dos valores que acreditamos mas, mesmo assim, em nenhum momento isso me dá o direito de destruir outros. Em nome dessa 'verdade'. Asé oooooo

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  2. Asé oooo irmã, é essa verdade que busco para trilhar os caminhos que Ifá nos indica!

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